Sei que estive pendurado nove noites numa árvore, varrido pelo vento, ferido pela minha própria espada para Odin, eu mesmo como oferenda a mim mesmo, atado à árvore da qual nenhum homem sabe para onde correm as suas raízes.
Ninguém me deu pão nem água. Olhei para o abismo, até que avistei as Runas. Lançando um grito as tomei, para logo cair atordoado e fraco. Adquiri bem estar e sabedoria. Cresci e satisfiz-me com o meu crescimento. De palavra em palavra fui levado a Palavra, de uma acção a outra Acção.
Edda Poética (1200 d.c)
Historicamente, o conjunto de Runas mais antigo é o Futhark Antigo ou Germânico. Ele contem 24 caracteres rúnicos e o seu nome deriva tal como o do alfabeto (alfa, beta). A partir do séc. IX, reduz-se o seu número para somente 16. Existiu também o sistema Anglo-saxão, este com 33 caracteres.
As Runas são totalmente angulares, sem linhas curvas.
Foi usado desde o séc. III a.c ao séc. XI. O sentido da escrita é da esquerda à direita e raramente se escreve ao contrário.
Crê-se que a palavra Runa provem da raiz indo-europeia "ru", que significa "misterioso ou secreto". Ela associa-se com a espiritualidade e a magia. Crê-se também que a antiga palavra alemã "runa" que significa sussurro, levava a conotação de "sábio". Afirma-se assim que o Futhark é o "sussurro dos Deuses".
Cada signo rúnico tem a sua própria qualidade, sendo assim muito mais que uma letra. Um conceito preciso em si mesma, que à sua vez tem um significado simbólico.
Mas as Runas não foram somente usadas religiosamente ou mágicamente, tambem o foram em assuntos civis.
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