Vagando outro dia, na lua de uma noite fria,
eu conheci um estranho, um homem, um filho da
rua, um homem feito nós.
Caminhando por entre faróis, parei para pensar em flores,
parei para gritar as dores de amores mortos atrás.
Viajando por parques escuros, parei para pixar em
muros canções de alguém cantar.
Vagando um outro dia, no frio de uma lua cheia,
toquei o corpo de um estrangeiro, de um homem
sem cheiro, feito água de um ribeiro.
Falando ao seu ouvido, julguei não estar atento e
caminhei em direcção a sóis, falando só.
Percorrendo países, cidades e mundos, cheguei ao campo de girassóis.
Extasiado diante dos nós sabendo não estar só,
andando por entre amarelo, toquei em tinta de outra cor.
Vivendo na profusão do criador, pude enxergar a mão do pintor.
Descobri-me então como parte da criação.
Descobri-me livre para colorir uma emoção.
Saltei ileso como um nascituro feliz
para viver o sonho de ser tinta, de procurar ser aprendiz.
Blick auf Arles (1889)
Peasants planting potatoes (1884)
Portrait of Dr. Gachet (1890)
Prisoners' Round (1890)
Sunflowers (1888)
The Church at Auvers-sur-Oise (1890)
The Night Café (1888)
The Potato Eaters (1885)
The Red Vineyard (1888)
The Starry Night (1889)
Van Gogh's room at Arles (1889)
Wheat Field (1888)
Zypressen (1889)
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