quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

30 anos ao serviço da arte e de mim – I

1981 - O Desflorar

Já não me lembro como tudo começou, mas deve ter sido num dia de iluminação espiritual. Lembro-me somente de um regresso das aulas (deve ter sido um dia mau), quando entrei em casa, a primeira coisa que fiz foi ir a um armário e arrancar uma das portas e por-me a pintar, pela primeira vez. Comecei com o óleo pois tinha sido um colega da escola, o Gentil, que mos tinha arranjado. Os meus pais ao chegar à noite, ao verem o resultado da minha destruição e criação, em vês da merecida sova por estragar o móvel, ficaram muito surpreendidos por eu finalmente estar a criar e deram-me uma festa na cabeça e incentivaram-me a continuar... mas só a pintar (por momentos uma palavra não, podia ter-me levado mais tarde, a destruir toda o recheio da casa). No dia seguinte, todo contente, fui com o meu pai comprar a minha primeira tela. Um mês depois ofereceram-me uma caixa cheia de tintas, com pincéis, diluente, óleo de linhaça e ate uma paleta, eu nunca tinha visto tanto material junto.

(primeira pintura)






















O inicio foi empolgante mas pouco inovador pois vivia nesse tempo uma profunda admiração pela escola Surrealista e em particular por Salvador Dali.























Flores para Dali (fotografia minha)






















Mas desta altura tenho um dos meus melhores quadros que ainda hoje o reservo, por mais que o quiseram comprar, e muitíssimo bem pago. Aos poucos la me fui libertando dessa influencia e conseguindo um traço próprio e menos classificável.

Sem titulo (a minha obra-prima)























Eu, no meu local de trabalho em San Vicente del Mar




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