(11 de maio de 1894, Allegheny, Pensilvânia – 1 de abril de 1991, Nova Iorque)
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Dançarina e coreógrafa, foi uma das principais representantes da dança contemporânea nos EUA, e mais tarde considerada a mãe da dança moderna.
O impacto que Martha Graham da dança é frequentemente comparado à influência que Picasso teve para a pintura em seu tempo, ou Stravinsky na música, ou Frank Lloyd Wright na arquitectura.
A sua contribuição transformou a dança, revitalizando-a e difundindo-a por todo o mundo. A sua técnica de trabalho era voltada para a respiração, inspiração-contracção, expiração-relaxamento, e também para o idealismo social. Dançando e coreografando durante toda a vida, Inventou uma nova linguagem de movimento, usada para revelar a paixão, a raiva e o êxtase comuns à experiência humana.
"Passei toda a minha vida com a dança e sendo uma bailarina. É a vida que permite usá-lo de uma forma muito intensa. Às vezes não é agradável. Às vezes é terrível. Mas, apesar disso, é inevitável"
Fundou a Martha Graham Dance Company, uma das mais conceituadas e antigas companhias de dança americanas, dirigindo-a até a sua morte aos 80 anos.
Martha Graham treinou e inspirou gerações de grandes bailarinos e coreógrafos. Entre seus discípulos estão Alvin Ailey, Twyla Tharp, Paul Taylor, Merce Cunningham, entre muitos.
A capacidade do corpo de expressar seus sentimentos e sensações interiores foi vital no interesse e desejo seu pela dança. Apesar de ser "atlética", ela nunca sentiu grande interesse pela dança durante a sua infância.
A sua teoria de movimentos começou quando na adolescência ouviu o seu pai, que era médico de psiquiatra, dizer que tratava os seus pacientes de acordo com a forma na qual esses se moviam. Martha Graham dizia que "O corpo diz o que as palavras não podem dizer".
Deu início a sua carreira de bailarina aos 22 anos logo após a morte de seu pai.
Ao contrário de Isadora Duncan, utilizando as palavras de Garaudy, "ela não quis se identificar com os ritmos da natureza":
"Eu não quero ser uma árvore, uma flor, uma onda ou uma nuvem. No corpo de um bailarino devemos, como espectadores, tomar consciência de nós mesmos. Não devemos procurar uma imitação das acções quotidianas, dos fenómenos da natureza ou de criaturas exóticas de outro planeta, mas sim alguma coisa deste milagre que é o ser humano motivado, disciplinado e concentrado. A vida, contrariamente à puritana, é uma aventura, uma forma de expansão do homem que exige extrema sensibilidade para ser realizada com graça, com dignidade e com eficácia… O corpo e alma estão implicados de forma indivisível nesta experiência da vida, e a arte pode ser vivida por um ser total. Só uma sensibilidade apurada e exaltada realiza esta concentração no instante que é a verdadeira vida"
Tinha como objectivo desvendar a alma humana. Dizia de seu próprio corpo:
"Os séculos e seus eventos passaram por ele. Como os pintores e arquitectos modernistas eliminamos qualquer elemento decorativo ou supérfluo da nossa forma de expressão"
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